Pássaros:
Esse blog é destinado a todas as pessoas que amam a natureza assim como eu ,além de ter o mesmo pensamento que tenho que é " Cultivar a vida ,seja qual for". Te dou sombra.... quando você está com calor.. Te dou frutos ... quando você está com fome ... Algumas folhas minhas... são medicinais e te curam ... quando você está doente... Por tudo isso... Por quê você me derruba ? Cuide da natureza que só te quer bem ...
sábado, 27 de abril de 2013
Jardim bom para Cachorro
Matéria Incrível, Parabéns ao site Jardineiro.net
É possível amar os cães, dar-lhes liberdade e ainda curtir um bom
paisagismo no seu jardim? Claro que é! Mas é preciso uma boa dose de
paciência para educar os cachorros e um toque de criatividade para
preparar um jardim amigável para os bichos. Com certeza você também terá
que aprender a lidar com a frustração de ver seus canteiros vez por
outra completamente destruídos, mas isso faz parte do processo.
Prepare-se psicologicamente para estes eventos e mãos à obra. O texto
abaixo está na forma de dicas, espero que você possa aproveitá-las. Se
não todas, pelo menos algumas.
Se você tiver espaço, crie um jardim dentro de um jardim. Um espaço apropriado para o seu cachorro curtir o ar livre pode ser a solução
para diverti-lo e ao mesmo tempo resguardar suas flores. Cerque uma
área com sombra, com uma bela cerca de madeira ou ferro e inclua
atrativos interessantes para o seu cachorro, como seus brinquedos
favoritos, uma plataforma elevada para curtir a paisagem e quem sabe até
uma mini pista de agility. Cubra a superfície com
materiais atóxicos, como lascas de madeira, folhas secas ou até mesmo
uma mistura de areia e terra, ideal para os peludos que gostam de cavar.
Não
deixe os cães soltos no jardim sem supervisão, principalmente se forem
jovens. Um canil pode ser uma boa idéia para resguardar o jardim
enquanto você não pode supervisioná-los. Mas não os deixe trancados lá o
dia todo, assim você não terá oportunidade de educá-los. Solte-os e
brinque com eles no jardim sempre que puder.
Os cães adoram correr ao longo das cercas, grades e portões,
portanto reserve este espaço para eles, colocando algum tipo de
pavimento para formar o caminho, ao invés de belos canteiros floridos.
Ao plantar uma árvore ou arbusto, cerque-o com tela ou outro material de
forma que ela tenha sossego durante os primeiros anos do seu crescimento.
O mesmo vale para quando o seu cachorro teimar em não usar o caminho
que você fez e inventar o seu próprio caminho. Observe, seja esperto e
crie o caminho por onde o seu cão costuma passar. Delimitar os canteiros
com cerquinhas de madeira, pedras e tijolinhos também podem ajudar a
manter o interesse dos cães afastados dos seus canteiros de flores e
hortaliças.
A
pavimentação dos caminhos pode ser atrativa ou desinteressante para os
cães. Bolachas de madeiras serão gostosas de caminhar, mas pedrisos
podem incomodar as patinhas. Ao fazer um caminho no jardim, estimule seu
cão a andar por ele, usando um pavimento agradável. O contrário também é válido. Um caminho desconfortável aos cães pode levar a um local que você não quer que eles visitem.
Jamais aplique agrotóxicos em suas plantas se os cães tiverem livre
acesso à elas. O mesmo vale para granulados contra lesmas ou formigas.
Eles se assemelham à ração e podem ser extremamente tóxicos aos seu
bichinho. O mesmo vale para fertilizantes naturais à base de mamona.
Evite também utilizar farinha de ossos ou estercos mal curtidos pois
estes produtos estimulam que se cãozinho revire a terra e assim ele
poderá ingerir materiais perigosos.
Se
você é adepto da compostagem, mantenha as pilhas longe do acesso dos
cães. O material em decomposição muitas vezes contém inúmeras
substâncias tóxicas, produzidas por fungos e bactérias. Não coloque
produtos de origem animal ou restos de comida cozida na sua compostagem.
Estes elementos exercem uma incrível atração sobre os cães.
Evite utilizar plantas tóxicas no jardim, a não ser que estas fiquem
fora do alcance dos animais. Guarde bem mangueiras, ferramentas e
fertilizantes, pois mastigar ou ingerir estes produtos é extremamente
perigoso. Da mesma forma, mantenha lagos e piscinas protegidos do acesso
dos cães, que podem se afogar se por acaso caírem na água.
Tente
não fazer jardinagem enquanto o seu cachorro estiver olhando. Folhas
recém cortadas e terra revirada são um convite à brincadeira e ele não
vai entender que você está trabalhando, cuidando
das plantas, ao invés de estar simplesmente cavocando o jardim. Não dê
idéias que podem se transformar em comportamentos desagradáveis de lidar
depois.
Se ainda assim o seu cachorro fizer uma bagunça no quintal, de nada
adiantará puni-lo após o feito. Corrija-o apenas se você pegá-lo no ato.
É mais interessante usar um reforço positivo, recompensando pelo bom
comportamento. Sempre que o cão for pego fazendo algo indesejável,
redirecione à sua atenção para algo bom. Na maior parte das vezes, os
cães só fazem bagunça quando estão ociosos. Brinque com ele e ofereça
brinquedos. Não os deixe por conta.
O
gramado é umas das reclamações mais frequentes dos donos de cães.
Manchas amareladas ou queimadas, ocasionadas pela urina dos cães é o
pior problema. A urina é alcalina e contém sais que alteram o pH do
solo. Infelizmente não há uma solução mágica para isso. O ideal é que
você eduque seu cão desde pequeno a fazer xixi nos passeios diários ou
em um banheiro apropriado para cães. Separando as coisas desde cedo, ele
aprende que o gramado não é banheiro, mesmo sendo contra todos os
instintos. Só libere o filhote no jardim depois dele ter feito as
necessidades. Se o seu cachorro é mais velho e você não vê possibilidade
de educá-lo agora, a melhor opção é irrigar bem a grama diariamente e
se for possível, lavar imediatamente a área onde o animal urinou, antes
que as efeitos da urina possam ser sentidos pela grama. Manter a grama
saudável, hidratada e fertilizada com um bom composto orgânico, além de
bem aparada, dá um nível de tolerância maior à urina dos cães.
Uma tática que, apesar de desagradável, funciona bem para a grande
maioria dos cães que destrói canteiros, é a utilização de uma calda com
as próprias fezes do animal. Diluir as fezes e espalhar a calda sobre as
plantas irá tornar o canteiro um local repelente para o cachorro, que
costuma detestar as próprias fezes. A idéia também pode ser aplicada
para cães que gostam de cavar. Colocar as fezes nos buracos irá
desencorajar o cachorro que costuma cavar. Jamais utilize essa tática em
hortaliças, pelo perigo de contaminação das verduras e legumes com
doenças e verminoses.
Se
nada der certo e o seu cachorro for implacável com as plantas, você
ainda pode tentar ter um jardim só com vasos e jardineiras, com algumas
cestas suspensas para um charme maior (e maior proteção). Plantas
bulbosas são uma boa pedida também, pois tem o ciclo mais curto, não
ficando à mercê dos cães o ano todo, além de rebrotarem após serem
machucadas.
Você vai ver que com o tempo, conforme seu cão for amadurecendo e
apreendendo as regras da casa, a convivência entre plantas e animais
ficará harmônica e agradável, não exigindo grandes esforços. Geralmente
são os cães jovens, de até 3 anos, os mais destruidores. Você
dificilmente verá um cachorro de 7 anos fazendo grandes bagunças no
jardim. A paciência e a educação são fundamentais até alcançar estes
momentos de paz.
Lista de Plantas Tóxicas para Cães:
Mamona (Ricinus communis) Espirradeira (Nerium oleander) Ipoméia (Ipomea sp.) Antúrio (Anthurium andraeanum) Dedaleira (Digitalis purpurea) Trombeta-chinesa (Campsis grandiflora) Comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia amoena) Trombeteira (Brugmansia suaveolens) Costela-de-adão (Monstera deliciosa) Copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica) Bico-de-papagaio (Euphorbia pulcherrima) Azaléia (Rhododendron spp) Hortênsia (Hydrangea macrophyla) Espada-de-são-jorge (Sansevieria trifasciata)Plantas interessantes (por serem resistentes ou atóxicas)
Flox (Phlox drummondii)Verbena (Verbena hybrida)
Viburno (Viburnum tinus)
Lilás (Syringa vulgaris)
Marmelo (Chaenomeles speciosa)
Louro (Kalmia latifolia)
Zínia (Zinnia sp.)
Boca-de-leão (Antirrhinum sp.)
Cosmos (Cosmos sp.)
Calêndula (Callendula sp.)
Petúnia (Petunia sp.)
Rosa (Rose sp.)
Erva-de-gato (Nepeta sp.)
Equinácea (Echinacea purpurea)
Prímula (Primula sp.)
Borboletinha (Schizanthus pinnatus)
Cleome (Cleome sp.)
Capuchinha (Tropaeolum sp.)
Columbina (Aquilegia sp.)
Liríope (Liriope sp.)
Begônia (Begonia sp.)
Impatiens (Impatiens sp.)
Amor-perfeito (Viola sp.)
Coleus (Solenostemon scutellarioides)
Astilbe (Astilbe sp.)
Fonte : http://www.jardineiro.net/jardim-bom-pra-cachorro.html
sexta-feira, 19 de abril de 2013
Pitanga
Nome Científico: Eugenia uniflora
A pitanga é consumida geralmente ao natural. Seu sabor é doce, ácido, pungente e com aroma muito característico. Ela também é muito nutritiva, sendo rica em vitaminas e minerais. Além de haver poucos produtores, ela é uma fruta frágil e de baixa durabilidade, por este motivo dificilmente é encontrada nas gôndolas dos supermercados. É mais fácil encontrar produtos artesanais de pitanga em mercados regionais, como licores, cachaças aromatizadas, geléias e vinhos. No entanto, é crescente a produção industrial de polpas, sucos e picolés preparados à base de pitanga.
Além de suas qualidades como frutífera, a pitangueira é decorativa. Seu caule tortuoso e os galhos intensamente ramificados, com folhas miúdas, chamam a atenção, sendo muito apreciados em jardins residenciais. Elas são frequentes em jardins sustentáveis que unem beleza e função, com preocupação ecológica. Jardins de inspiração italiana, que unem árvores frutíferas a formas geométricas também são perfeitos para pitangueiras. Projetos de reflorestamento muitas vezes contam com esta espécie também que além de ser nativa, ainda é capaz de atrair a avifauna, com seu frutos doces. A pitangueira é uma planta rústica e de baixa manutenção. É capaz de resistir a podas drásticas e frequentes. Por ser ramificada e tolerante à podas é também utilizada como cerca-viva. As adubações são necessárias semestralmente e no momento do plantio.
Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo preferencialmente fértil e profundo, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente por pelo menos dois anos após o plantio e em regiões semi-áridas. Adapta-se a diferentes tipos de solo, vegetando bem em solo pesadas e até mesmo em restingas e praias. Não tolera salinidade ou estiagem prolongada. Resistente ao frio, é capaz de tolerar temperaturas abaixo de zero. Multiplica-se facilmente por sementes que germinam em cerca de 22 dias após o plantio. Atualmente, os cultivos comerciais também obtém sucesso com plantio através de alporques e estacas, garantido assim a homogeneidade do pomar e a perpetuação das características da planta mãe. Frutifica já no 3º ano após o plantio. O espaçamento geralmente utilizado é de 4 metros entre plantas e entre linhas.
Fonte foto 01 :http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Eugenia_uniflora_fruit2.JPG
A pitangueira é uma árvore ou arbusto frutífero e ornamental, nativo da
mata atlântica e conhecido principalmente pelos frutos doces e
perfumados que fazem parte da cultura dos brasileiros. O nome “pitanga” é
de origem tupi e significa vermelho-rubro, uma alusão à cor dos frutos
maduros. O porte pode ser arbustivo, entre 2 a 4 metros de altura, ou
arbóreo, chegando nestes casos entre 6 e 12 metros. A copa é densa e
arredondada. O florescimento é errático, e pode ocorrer duas ou mais
vezes ao ano, dependendo na maioria das vezes do clima da região de
plantio e da variedade da planta. As flores são pequenas, hermafroditas,
brancas, perfumadas, com longos estames e muito melíferas, atraindo
abelhas. As folhas são opostas, simples, ovais, acuminadas, glabras,
avermelhadas quando jovens, e que gradativamente vão tomando a cor
verde. Os frutos são bagas globosas, deprimidas nos polos, com sulcos
longitudinais e quando maduros ficam de cor vermelha, vinho e até mesmo
negra, de acordo com a variedade. A polpa é macia, suculenta
e vermelha, recoberta por uma casca muito fina e delicada. Carrega
entre 1 a 3 sementes grandes. No Brasil não há uma grande diferenciação
de variedades, mas temos o maior banco de germoplasma da espécies e
algumas cultivares importantes desdenvolvidas no IPA (Empresa
Pernambucana de Pesquisa Agropecuária). Já no exterior, para onde a
pitangueira foi amplamente difundida, houve uma preocupação maior em
selecionar as melhores plantas e desenvolver novas cultivares.
A pitanga é consumida geralmente ao natural. Seu sabor é doce, ácido, pungente e com aroma muito característico. Ela também é muito nutritiva, sendo rica em vitaminas e minerais. Além de haver poucos produtores, ela é uma fruta frágil e de baixa durabilidade, por este motivo dificilmente é encontrada nas gôndolas dos supermercados. É mais fácil encontrar produtos artesanais de pitanga em mercados regionais, como licores, cachaças aromatizadas, geléias e vinhos. No entanto, é crescente a produção industrial de polpas, sucos e picolés preparados à base de pitanga.
Além de suas qualidades como frutífera, a pitangueira é decorativa. Seu caule tortuoso e os galhos intensamente ramificados, com folhas miúdas, chamam a atenção, sendo muito apreciados em jardins residenciais. Elas são frequentes em jardins sustentáveis que unem beleza e função, com preocupação ecológica. Jardins de inspiração italiana, que unem árvores frutíferas a formas geométricas também são perfeitos para pitangueiras. Projetos de reflorestamento muitas vezes contam com esta espécie também que além de ser nativa, ainda é capaz de atrair a avifauna, com seu frutos doces. A pitangueira é uma planta rústica e de baixa manutenção. É capaz de resistir a podas drásticas e frequentes. Por ser ramificada e tolerante à podas é também utilizada como cerca-viva. As adubações são necessárias semestralmente e no momento do plantio.
Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo preferencialmente fértil e profundo, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente por pelo menos dois anos após o plantio e em regiões semi-áridas. Adapta-se a diferentes tipos de solo, vegetando bem em solo pesadas e até mesmo em restingas e praias. Não tolera salinidade ou estiagem prolongada. Resistente ao frio, é capaz de tolerar temperaturas abaixo de zero. Multiplica-se facilmente por sementes que germinam em cerca de 22 dias após o plantio. Atualmente, os cultivos comerciais também obtém sucesso com plantio através de alporques e estacas, garantido assim a homogeneidade do pomar e a perpetuação das características da planta mãe. Frutifica já no 3º ano após o plantio. O espaçamento geralmente utilizado é de 4 metros entre plantas e entre linhas.
Fonte foto 01 :http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Eugenia_uniflora_fruit2.JPG
Fonte foto 02: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Starr_070906-8591_Eugenia_uniflora.jpg
Fonte foto03: http://www.tapuz.co.il/blog/net/viewentry.aspx?entryId=1253940
Fonte foto03: http://www.tapuz.co.il/blog/net/viewentry.aspx?entryId=1253940
Fonte texto: http://www.jardineiro.net/plantas/pitanga-eugenia-uniflora.html
Exemplos de Paisagismos
terça-feira, 16 de abril de 2013
sábado, 13 de abril de 2013
Fruta do Conde
Introdução:
A ata pertence à família Annonaceae, gênero Annona, que inclui em torno de 120 gêneros e por volta de 2000 espécies. A espécie Annona squamosa produz frutos delicados, considerados dos melhores do gênero. A ata é também conhecida como pinha e fruta-do-conde no Brasil, anona blanca, sweetsop, anon, anona, rinon, atta del Brasil, srikaya, atis, etc..
De acordo com Braga (1960), a ateira é uma planta americana, talvez originária das Antilhas e regiões circunvizinhas. As Anonáceas são fruteiras tipicamente de clima tropical, apresentam boas perspectivas econômicas para a região Nordeste do Brasil, por serem culturas altamente adaptadas às condições locais e produzirem frutos a partir do mês de janeiro, suprindo parte da capacidade ociosa da indústria de suco de caju.
Apesar de não se dispor de dados estatísticos, é notória a demanda crescente, tanto no mercado interno, como no externo pelos frutos de Annona squamosa L. Esse incremento na procura motivou os fruticultores e empresários, e tem forçado a pesquisa a desenvolver métodos para que o produtor possa acompanhá-la, tanto na qualidade como na quantidade de frutos ofertados. O interesse por parte do consumidor e da indústria de polpa, já justifica a inclusão da pinha no rol das frutas tropicais brasileiras de excelente valor comercial (Alves et al., 1998).
Segundo dados do IBGE (2000), em 1996 o Nordeste participou com 87,27% da produção brasileira, dos quais 18% foram de Pernambuco, Estado que apresenta grande potencial para o cultivo de pinha sob irrigação.
Características
Os dados relativos a caracterização da polpa da pinha madura, realizada na Embrapa Agroindústria Tropical. Segundo dados apresentados por Leal (1990), o peso da ata varia entre 210 e 265g, com as sementes representando entre 31 e 41%, a casca entre 23 e 40%, e a polpa entre 28 e 37%. O rendimento de polpa encontrado neste trabalho pode ser considerado mediano. Os frutos, considerando-se o comprimento e o diâmetro, apresentaram formato arredondado.
O conteúdo de sólidos solúveis totais, muito elevado quando comparado com a maioria das frutas, e a baixa acidez total titulável 0,34% (ácido cítrico), indicam uma elevada relação SST/ATT, o que significa a forte predominância do sabor doce.
Em trabalhos citados por Gomes (1987) são relatados teores semelhantes de sólidos solúveis - 24,82%, e acidez ainda mais baixa - 0,12%. Com relação ao conteúdo de açúcares solúveis totais, Leal (1990) observa que, após a água, o componente mais abundante na polpa de pinha são os carboidratos, que constituem entre 18,2 e 26,2%. Gomes (1987) cita um valor de 18,15% para os açúcares, sendo bem próximo ao encontrado aqui (19,23%). Deve-se destacar que aproximadamente 83% dos açúcares solúveis totais são constituídos por açúcares redutores.
As análises bioquímicas revelaram uma elevada atividade das enzimas peroxidase e pectinametilesterase, associadas respectivamente ao escurecimento e ao amaciamento da polpa desta fruta. Apesar da excelente aceitação da ata para consumo fresco, no final da maturação os frutos ainda têm teores de amido (0,87%) e de pectina total (0,66%) relativamente altos, o que pode trazer algumas dificuldades durante o processamento e a estabilização de sucos.
Utilização
As frutas são geralmente consumidas in natura, porém podem ser processadas na forma de sucos, doces e sorvetes. Pode-se fazer uma excelente bebida quando associase a polpa de pinha com leite. De acordo com Leal (1990) a polpa é usada também para sorvetes, ou na fabricação de bebidas fermentadas. O chá feito das folhas serve como laxante, e há registro na literatura do uso das sementes com propriedades inseticidas.
Cultivo
• Plantio: o ano todo, dependendo da possibilidade de irrigação e da região; prefira os meses chuvosos.
• O solo para o cultivo da fruta-do-conde deve ser de textura leve, bem drenado, farto em matéria orgânica, profundo e um pouco ácido. No mínimo 30 dias antes do plantio, abra covas de 60 x 60 x 60 centímetros, com espaçamentos que podem variar de 4 x 2 metros (pomares com alto grau de tecnificação) a 7 x 5 metros (plantios menos tecnificados). Adube com 20 litros de esterco de curral curtido, 600 gramas de superfosfato triplo, 200 gramas de cloreto de potássio e 200 gramas de calcário dolomítico. Acrescente ainda dez gramas de bórax e 20 gramas de sulfato de zinco, caso esses micronutrientes sejam insuficientes no solo.
• Clima: quente; não tolera geadas nem temperaturas baixas
• Para plantar, dê preferência a mudas enxertadas adquiridas de viveiristas credenciados, que tenham matrizes de seleções superiores. Pomares formados por sementes, além de serem heterogêneos e demorarem mais para produzir, são mais vulneráveis ao ataque de pragas e doenças de raízes e de colo. Durante o crescimento das árvores, faça podas e também uma suplementação de nutrientes (NPK).
• O desenvolvimento da planta vai bem sob temperaturas elevadas (mínimo de dez a 20 graus e máxima de 22 a 28 graus), com precipitação perto de mil milímetros ao ano. Para garantir a produção, evite regiões com excesso de chuvas no período de florescimento e maturação dos frutos. Também geadas e grandes oscilações do clima são prejudiciais à cultura. A árvore é alvo de invasores como brocas, ácaros e cochonilhas.
• Colheita: duração de 90 a 180 dias, de acordo com a região e condições climáticas.
Uso medicinal
Rica em vitamina C e do complexo B, proteínas, carboidratos, cálcio, fósforo e ferro; na medicina popular, as folhas são usadas para o tratamento de convulsões e colites, e os frutos, para debilidade geral.
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